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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A química nos alimentos

Alguém já fez esta pergunta:
Vinhos viram vinagre quando envelhecem?
Se já, aqui vai a resposta.



É bem verdade que, existem alguns vinhos que podem levar muitos anos, sem perder as suas características. Isto claro ocorre com vinhos de alta qualidade que apresentam quantidades de açúcar, taninos (polifenóis presentes na casca de algumas uvas), acidez e álcool que estruturam o vinho e fazem com que ele aguente muitos anos sem perder a sua qualidade. No entanto, nem todos os vinhos melhoram com a idade. Segundo dados, apenas 10% dos vinhos tintos do mundo inteiro amadurecem bem, contra apenas 5% dos brancos.
O vinho é produzido através da fermentação de uvas, é durante este processo que os açúcares (glicose e frutose) são transformados em etanol. Veja a equação que representa este fenômeno: 
C6H12O6 → 2 C2H5OH + 2 CO2
  Açúcar              Etanol
Porém, a transformação do vinho em vinagre ocorre através de uma ação microbiana, que leva a oxidação do vinho, fazendo que ele se torne azedo e impróprio para o seu consumo.





Você sabia que a carne de seu hambúrguer pode conter amônia?
Pois é, pode, e é aprovado pelo Departamento de Agricultura dos EUA.



Que os hambúrgueres que comemos são "ligeiramente diferentes" da carne comum todos concordam. E não parece haver nada de errado com o processamento que faz um corte qualquer de carne virar uma pasta. Ou não havia.
Na última quinta-feira 04/01/2010, um artigo de Michael Moss, do New York Times, colocou em alerta a indústria de alimentos: a adição de amônia (NH3) na carne moída dos hambúrgueres, uma medida aprovada pelo Departamento da Agricultura dos EUA, não é tão segura quanto alegam.
Turbinar a carne moída com amônia NH3) é um procedimento bastante comum na fabricação de rações animais, por exemplo, e passou a ser usada também no processamento de carne para consumo humano da Beef Products, empresa que vende carne para restaurantes e lanchonetes como Mc Donald's, Burguer King e até para o governo norte-americano, sendo distribuída em escolas e presídios. A amônia, garantem os fabricantes, mata bactérias prejudiciais à saúde.
Carne com amônia é legal? Até pouco tempo atrás, sim. A prova de sua eficácia era dada como certa. Em 2007, quando o Departamento de Agricultura começou a testar a carne de hambúrguer industrializada, a Beef Products era tão confiável que foi isentada do teste.
Mas registros de governo e da própria indústria, obtidos pelo jornal, afirmam que Escherichia coli e salmonella foram encontrados em 12 amostras de carne que seria servida na merenda escolar. O produto foi recolhido, e a Beef Products não fornece mais sua carne para o governo. Por enquanto, só o governo deixou de consumi-la. E quanto aos restaurantes, supermercados, fast-foods?
O incidente teve repercussão no site do jornal e no Twitter. Porta-vozes do Mc Donald's e do Burguer King dizem confiar nas pesquisas do governo, mas não pretendem deixar de comprar carne da Beef Products. A não ser que o próprio governo proíba sua comercialização. Quem deve ganhar a briga?





O azeite e seus segredos...


Depois de a dieta mediterrânica ter sido louvada pelos seus benefícios para a saúde, uma equipa de investigadores norte-americanos descobriu que uma substância presente no azeite extra virgem tem muitas semelhanças com um anti-inflamatório usado em medicamentos.
Numa das muitas coincidências que ajudam o progresso da ciência, Gary Beauchamp, da Universidade de Ciências de Filadélfia, lembrou-se de algo, quando provou uma colher de azeite acabado de fazer em Itália. "Já tinha bastante experiência a engolir ibuprofeno e a ficar com a garganta irritada, durante estudos anteriores sobre as suas propriedades sensoriais", disse Beauchamp num comunicado da sua universidade. E a irritação causada pelo azeite era idêntica, o que levou o cientista a querer investigar se teria mais alguma coisa em comum com o ibuprofeno, um anti-inflamatório e analgésico.
No artigo na revista Nature, a equipa explica como isolou o composto químico do azeite responsável pela irritação. A substância recebeu o nome de oleocanthal - de olive oil (azeite, em inglês), canth (espinho ou picada, em grego) e o início da palavra aldeído, o grupo de substâncias químicas ao qual pertence.
Para se assegurarem de que era apenas este composto o responsável pela irritação, e não uma interação entre diferentes químicos presentes no azeite, os cientistas sintetizaram a substância em laboratório. Bastou um gole, para que tivessem a certeza de que o oleocanthal é mesmo o responsável pelo ardor na garganta causado pelo azeite.
O ibuprofeno inibe a atividade de duas enzimas, um efeito que o oleocanthal reproduz, garantem. Anti-inflamatório não esteróide, é usado para combater as dores causadas por enxaquecas, artrites e dores menstruais. O seu consumo a longo prazo foi associado a uma redução no risco de certos tipos de cancro, e até a uma maior lentidão no progresso da doença de Alzheimer.
Mas antes de abrir a garrafa de azeite, os cientistas alertam que as quantidades consumidas, tendo por base um consumo diário de 50 gramas, só equivalem a 10% da dose recomendada de ibuprofeno para um adulto, no alívio da dor.Se esta quantidade não é suficiente para combater uma dor de cabeça, o consumo de pequenas doses diárias pode ter benefícios a longo prazo.
O ibuprofeno tem, no entanto, efeitos secundários associados ao consumo a longo prazo, nomeadamente danos nos rins e no sistema digestivo. Ainda é cedo para saber se o consumo de doses elevadas de oleocanthal também terá algum tipo de efeitos menos desejáveis. É que, apesar de terem uma ação igual, a estrutura química das duas substâncias é muito diferente.
Mas como saber se o seu azeite habitual é rico em oleocanthal? Paul Breslin, coordenador da equipa com Beauchamp, dá a sua receita: "A forma de verificar é beber o azeite puro e ver se o ardor na garganta é forte. Quanto maior for o ardor, maior o nível de oleocanthal."
Fonte 02.09.2005 - 10h31 :, Inês Rodrigues (PÚBLICO)



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